APÓSTOLOS DE ONTEM X APÓSTOLOS DE HOJE
Assistindo às dezenas de filmes sobre a estada do Filho de Deus no mundo em que vivemos, com todos os diretores procurando mostrar em seus filmes o que mais ou menos aconteceu – segundo as narrações evangélicas de seus discípulos escolhidos – nos 33 anos em que Jesus assumiu por livre e espontânea vontade a nossa redenção, hoje me sinto mais sem direção do que “cego em tiroteio”.
Nos filmes, Jesus escolheu antes de sua árdua missão ativa, discípulos que deveriam dar continuidade a seus ensinamentos depois que Ele voltasse ao Pai. E os primeiros apóstolos acreditaram e continuaram – em nome DELE – a fazer os mesmos milagres que Ele fazia, ou seja, Jesus continuava presente mesmo depois de ressuscitado e retornado ao Pai. A não ser por relatos duvidosos, houve seguidores que construíram lugares para se reunirem, mas nunca nos moldes luxuosos do que estamos vendo aqui na Terra. Insatisfeitos em ocupar espaços em quase todos os canais midiáticos já existentes, nossos atuais apóstolos já planejam serem donos de suas próprias emissoras.
Pelos filmes e na Bíblia – para mim – não foi isso que Jesus ensinou aos seus escolhidos: vender um lugarzinho no céu em troca de doações. A nossa igreja católica, Vaticano, já é considerada uma das maiores riquezas do planeta. Sei que as igrejas praticam muitas obras de caridade; que não devemos divulgar o bem que fazemos, mas já que estão trocando a espiritualidade pelo poder/riqueza, que assumam, descendo para um dos lados do muro.
Mostrem o quanto estão arrecadando, como e em que estão gastando, quem são os signatários. Sejam claros, como Jesus o foi. Ando meio perdido, tateando aqui e ali para entender onde nossos atuais apóstolos querem chegar. Teria Jesus se equivocado ao dizer que o reino DELE não era desta Terra? Em todos os canais religiosos, em poucos segundos, está lá um pastor ou um padre celebrando, dividindo os conselhos e as orações, com pedidos incessantes de ajuda. Paro ali, mudo logo de canal. Não aguento mais os “torne-se um associado, o PIX, os carnês, os telefones …. Bem, permaneça em qualquer pastor ou padre cerimoniando, e perceba se há um que não pede ajuda.
Fico confuso, porque olhando os fiéis presentes, noto que a maioria é de pessoas humildes e que lutam com dificuldade, mas cheios de fé, acreditando até que podem comprar, com dinheiro, graças ou o perdão de seus pecados…
Alguns padres transvestidos de caubóis, imitando cantores sertanejos, cantando músicas inadequadas a um presbítero, explorando a ingenuidade de muitos inocentes. Sinceramente, peço desculpas, mas estou perdido no meio desse método moderno de evangelizar.
Será que devemos voltar ao Torá de Moisés e considerar Jesus um golpista? Acho que não, porque se o fosse, o Moraes já teria expedido o mandado de prisão para Ele! Pelo amor de Deus, pastores e padres, vamos “dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus. Tenho notado que, quanto mais nossos modernos evangelizadores tentam diminuir o peso da cruz, mais difícil se torna chegar ao Reino de Deus. Não sei se estão certos. Sinceramente, não sei!…