O CAÇADOR

Tão logo abandonei as caçadas, comecei um trabalho de “pedir perdão” a Deus e à Natureza. Acho que há certa anologia de sentimento entre Saulo de Tarso, na perseguição inicial aos cristãos, e a minha, aos inhambus.

Saulo, no “puxão de orelhas” recebido na estrada de Damasco, refez-se, tornando-se um dos maiores e mais respeitados apóstolos do cristianismo; eu, depois do “alerta” de meu saudoso pai, se levo uma arma para o mato é apenas para defender-me.

Hoje os crio e trato como “filhos”, perco noites de sono se adoecem, enfrento temporais em plena madrugada para protegê-los das fortes chuvas.

O contato com aves frágeis e inocentes amolece, até mesmo, o mais duro coração de um caçador. Crie um ambiente propício e saudável, busque orientação do IBAMA e deixe seu filho criar passarinhos. Nascerá, desta iniciativa, um ferrenho defensor da Natureza.

Explicação prévia:

Nos meus quase 70 anos de existência, com certeza aconteceram fases e épocas de que muito me orgulho e pelas quais também me recrimino e penitencio. Sou um ser humano normal, com todas as vicissitudes comuns dos que já nascem programados geneticamente para receber vaias e ovações.

De uma coisa especialmente me orgulho: nunca fiz nada pela metade. Sempre entrei de cabeça e lutei à exaustão pelos meus planos, assim como nunca mais falei deles ao ter desistido. Não fui “morno”, não permaneci em cima de muros.

Agora lanço minha décima-quarta obra, que, pelo título, pode escandalizar, ou parecer atrevimento aos que acompanham a comoção global pela proteção ao Ambiente. Mas não me crucifiquem sem ler todos os capítulos. O livro, como relato de um tempo, não é uma apologia à destruição da Natureza, mas uma confissão de quem reconheceu, ainda em tempo, o erro que estava cometendo.

Não estranhem a repetição intencional da descrição de alguns lugares e personagens em capítulos diferentes. É que há sempre alguém que irá ler apenas um ou alguns capítulos, pois, reconhecidamente, caçada não é assunto que agrade a roqueiros ou cantores de ópera. Não agrada, certamente, mas, a quem tem o bom hábito de ler, o velho ditado popular, “quando não se tem cachorro, caça-se com gato”, ainda não caiu em desuso.

Os personagens, assim como os relatos, são reais. Nas últimas páginas deste livro, havendo curiosidade, poderá ver quem é quem… ou, quem foi quem ou, ainda, onde ficam os lugares mencionados.

Que a leitura seja-lhe agradável.

O autor.

Você poderá solicitar qualquer um dos meus 22 livros lançados, ao preço de cem reais cada um, em qualquer parte do Brasil que você esteja residindo e que haja agência dos correios, a partir do dia 30 de novembro de 2024, sem qualquer outra despesa. A coleção completa chegará às suas mãos por dois mil reais. No momento há alguns livros esgotados e em fase de reedição na editora. Sobre qualquer interesse informe-se pelo e-mail: livaldo@jupiter.com.br Havendo confirmação, utilize o

PIX 69026122268 – Kizy Fregona Nogueira

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